quarta-feira, 1 de maio de 2013

Sonho.

Olá, estou com apenas dezoito anos e meio e ainda escrevo. Não como antigamente, descrevendo minhas mágoas, mas tentando achar o que há de comum entre eu e o mundo. Não achei quase nada, mas aparentemente sou estranha e cheia de dúvidas como qualquer jovem. Atualmente me encontrei desesperada por conta de qual profissão seguir, pois trabalho em uma área em que quase segui (Medicina) e estudo outra, completamente diferente (Gestão Portuária), o que me deixa confusa de qual profissional ser. Parei para analisar minha vocação, fiz algumas sessões com um analista, conversei com diversas pessoas, e só depois soube: “Se está em dúvida em algo, não pergunte para mais de duas pessoas, isso pode confundi-la.”, aí já era tarde demais. Enfim, depois de alguns meses nesta indecisão, o que atrapalhou muito minha concentração e até o meio social, a única certeza que obtive é que gosto de ajudar alguém. Reparei cada reação que tinha aos meus atos e pude sentir o quão grande era a minha satisfação quando ouvia um “obrigado” ou apenas quando facilitava algo para alguém. Eis a questão... Por mais que as pessoas tenham se tornado mais duras e difíceis quando estendemos a mão a alguém a reciprocidade é instantânea, não precisam dizer “obrigado”, tem pessoas que são turronas e quando você faz algo bom a elas, só de ver o jeito “desconfortável” que se sentem, abaixam a cabeça ou sorriem de lado, já é uma forma de agradecimento. E isso é incrível! Queria ajudar alguns a saírem de situações desagradáveis, salvar vidas que não poderiam ser salvas e sentir a gratidão em apenas atos. Dizer que realmente contribuo para a melhora do meu país, para a saúde das pessoas, talvez viajar para lugares distantes e ajudar pessoas completamente desconhecidas. Será que é só um sonho? Sinto falta de amigos em especial, aqueles que conversavam comigo durante horas sobre coisas importantes e que me convenciam do quanto eu sou boa! Agora estou aqui, ainda estudo a mesma coisa, trabalho na mesma coisa, no entanto sinto como se algo faltasse, aí eu paro pra pensar: Eu tenho Deus, tenho uma família equilibrada, uma casa, um namorado que me faz sorrir, amigos que me alegram, muitas vezes vou forçada para a faculdade, e não estou completa. É talvez esteja algo faltando mesmo. (Posso contar um segredo? Fico muito emocionada quando ouço o monitor cardíaco nas aulas de 8º período da medicina, ou quando calço as luvas de procedimento. É até cômico!). Eu sonho como todos nós temos que sonhar, às vezes até alto demais, e quando Deus abençoar novamente, vai ficar tudo mais certo! Pelo menos eu tenho um pouco de maturidade para saber que lá na frente tudo vai se encaixar da maneira que deve ser, mas sofro como uma criancinha quando estou desconfortável com minha situação. Enfim, é só confiar e esperar. E você que tem alguma dúvida aí no coração, não pergunte para mais de duas pessoas, elas podem te confundir! Conselho de quem sabe :) Quero agradecer a Duda (Eduarda Lisboa) por me lembrar de que eu ainda escrevo, quase esqueci o quanto era bom! Obrigada por ler, Eu escrevo.

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