sexta-feira, 22 de abril de 2011

Choramar ..

Entre um sorriso atravessado, ela aguardou o amanhecer. O sol se pôs de maneira imediata, sem exitar, ela esqueceu-se do café que filtrava em sua cozinha e foi-se em direção à praia.
Ao encontrar-se sozinha, acolheu-se entre pernas trêmulas que eram corrompidas pelas areias daquele mar, que nem mesmo neste belo dia de sol puderam perdoar as tão protuberantes pernas da moça, que sonhavam apenas estar andando por cima de todo aquele mar até chegar o outro lado, para deixar de sonhar.
Perdia o fôlego ao falar do mar, desejava estar sempre ali e nada mais poderia lhe faltar. Do outro lado só poderia haver algo maior, pessoas diferentes e elos que se cumpririam realmente, coisa diferente de seu lado do mar. Sorrisos alegres, nenhuma tristeza se mostrava radiante antes que o dia se tornasse chuva ou o sono lhe batesse a porta, pois ela como platéia, teria que se retirar. Seu coração se tornava como cristal mediante tal grandiosidade, o mar parecia um pedaço da menina, que dizia ela ser o seu melhor amigo, seu futuro armado e pronto.
A felicidade de poder sentir a doce brisa, de sentar-se próxima ao mar, apenas o tocando e sentindo a água lavar suas mãos e pensamentos, já era tudo o que ela podia querer! Mas havia um sonho maior, um desejo inexplicável mas que não pudera ser realizado... Seu coração palpitava, suas mãos e pernas sentiam, sua mente imaginava e seus olhos nunca o enxergava. Sua falta de visão deu-se como um empecilho para seu sonho: Ver o grande mar se abrir de leste a oeste! Já lhe disseram como era o mar, ela o admirava por imaginação, sonhou diversas vezes com grandiosas manchas que colocava-as como o grande mar, e era assim que o imaginava e se sentia completa.
São empecilhos, coisas que nos tornam incapazes de fazer algo que desejamos ou precisamos mas nada nos impede totalmente quando queremos de verdade. Quando algo é posto em nosso coração, não é em vão, nós apenas temos problemas até o ponto em que podemos suportar.

eu escrevo

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