sábado, 30 de abril de 2011

Uma noite viajante ..

Pintou suas unhas de roxo e vestiu um salto alto que a colocou no maior patamar da festa. Durante a confraternização, foi elogiada e cantada por diversas pessoas, mas ninguém a interessou.
Horas se passaram, todos a viam e continuavam admirando-a, até que um surto tedioso veio pairar em sua mente. Não suportou mais ver sorrisos e risadas verdadeiras que a muito tempo não via de casais felizes e mais que entediantes, que faziam-na lembrar de antigos amores.
Cumprimentava a todos com uma porcentagem alta de falsidade, bebia copos e mais copos de champagne que a deixava com mais facilidade de abrir sorrisos falsos. Conversou com amigos próximos, convidou amigos íntimos e se sentiu cada vez mais longe dali por pensar demais e ver que nem tudo pode ser tão fácil e vir em suas mãos como sempre imaginou e teve.
Minutos naquela realidade estranha, quis que o tempo corresse, mas o tempo engatinhava a cada minuto que retrocedia e ficava cada vez mais velho e preguiçoso.
Sua agonia talvez, fora por algo que lhe acontecera a minutos antes daquela festa, ou talvez por algo que já acontecia a meses mas não quisera dar ouvidos a seu próprio ser! Uma exclamação mudou o sentido de minha frase, se tornou mais estonteante, ou talvez catastrófica situação... Não quero dar ouvidos à uma criança como eu, imaginava durante a festa, pois não me sentia a vontade por viajar perto de amigos distantes e imaginar como faria para mudar minhas situações.
Crescera e tornara-se jovem mediante a uma festa. Estranheza ou falta de capacidade seria se seus pés não conseguissem passar por aquela festa inteira sem descer do salto, pois ouvira de uma antiga amizade o seguinte: "Posso estar com os dedos explodindo em dores, mas não desço do salto."
Sentiu-se mulher a cada minuto que passou, em um momento de luz uma ideia lhe passou pela cabeça e uma desculpa sem culpa a fez sair dali e esquecer todo aquele estranho momento. Não digo-te que foi um martírio, ela aceitou participar daqueles momentos, mas uma certa agonia a fez partir para ter uma boa noite de sono ou tentar dormir... Sozinha.

eu escrevo

Nenhum comentário:

Postar um comentário