sábado, 4 de dezembro de 2010

Peleje para que eu te ame ..


Ouvi de ti, todas as coisas que sempre quis ouvir de alguém. Senti por ti, coisas que na teoria lia a todo o momento.
Jamais quis ouvir tuas palavras, tive medo de pensar em lhe querer ou por alguma hora lhe ter em algum lugar estranho, como em meu pensamento.
Eu já temia ao que poderia me dizer, escondi das pessoas que já sentia meu estômago congelar enquanto se aproximava e durante alguns dias em um lugar estranho, como meu pensamento, mantive teu rosto ou teu quarto como meu momento de desespero e desapego do mundo.
- "O que fazer, se este amor é proibido? Como mudar nossa situação?"
Gostaria de descrever em muitas palavras aquilo que vivemos, ou que ainda não, mas não sei como fazer. Queria dizer apenas em duas palavras o que sinto e vivo contigo: "Um amor!"
Vivo a fugir de maneira rude, para que teus braços não venham ao meu encontro, mas de qualquer forma, teu amor me cobre por onde quer que eu vá.
A cada momento que me faço forte, sua voz parece soar ao meu ouvido.. Finjo não ouvir mas parece que tudo que ouço, vem de você.
Falei por diversas vezes, que não sentia amor por ti, disse não aos vários dias em que queria lhe ver e contra minha vontade me escondi e não fui ao seu encontro.. Pequenos momentos, coisas que me fizeram ver que teu amor era minha mina de ouro mas quando encontrei o caminho, não pude prosseguir.
Tudo o que é proibido é melhor, dizem os espertos, mas quando se ama se é tão estranho que não consigo distinguir o que seria bom e como faria para lhe ter. Então, acho que aqueles que se acham espertos nunca amaram!
Já que me proibiram de te amar, dou-me como esperta para que vejam o quanto sou forte, mas quanto tu se aproximas vejo o quanto sou fraca e desprovida de agilidades.
Da janela de meu quarto enquanto lutava com o travesseiro para dormir, ouvi um som estranho vindo da janela e quando parei para escutar, eram pedras sendo tacadas na vidraça.
Levantei-me, e ao abrir a janela lhe vi dar-me um grande sorriso, logo tive vontade de sorrir e fazer com que todo aquele momento fosse mágico, mas me fechei em uma expressão fúnebre e sonolenta.
- (Disse-lhe rudemente) "O que faz aqui tão tarde? Meus pais podem acordar e estarei perdida."
- (sutilmente) "Por favor. Diga-me o que faço para lhe ter? Diga-me pelo menos se algum dia poderei tê-la!"
Suas palavras foram penetrantes diante meus olhos tristes e temíveis de sono durante aquela noite de insônia, mas resolvi deixar meu medo tomar conta de meu ser e fazer com que meu desejo de tê-lo fosse contido por temer algo que não sabia exatamente.
- (fechando minha janela)
- (entristecido) Não vais embora, vai?
- (desisto de fechar a janela) Mas preciso.
- (esperançoso) Sabes que vou lutar por ti, até minhas forças acabarem?
- (friamente) Sabes também o quanto és fraco e não aguentará muito tempo. (fecho a janela).
De todas as manerias que poderia terminar aquela noite, escolhi a pior forma.
Voltei à minha luta noturna de dormir todos os dias com tua imagem em meus pensamentos lhe querendo e temendo ter, mas implorando que continuasse à insistir por sentir o toque de meus lábios nos teus.
- "Prometo amar-te, respeitar-te, até o dia em que perder a dádiva da vida."
Sabendo que em algum dia lhe declararei estas palavras, lhe digo que me espere e que supere caso um dia lhe faltar amor. Mas creio que não será necessário previr deste pedido, ele não virá!
-(Murmurei enquanto conseguia dormir aliviada) "E serei eternamente tua!"

eu escrevo

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