terça-feira, 15 de março de 2011

Doce história ..


Sentiu uma facada em seu peito, mas logo estranhou a falta da dor. Ansiosa e preocupada, sentia falta de cada sorriso jogado fora. Sentava-se em qualquer canto que sentisse a solidão se aproximar, fazia de conta que todos os sorrisos tenham sido levados com o rapaz que tirara a tua paz. Apoiou tua cabeça em um travesseiro, cobriu-se do frio que sentia e pôs-se à chorar.
Durante uma noite fria e escura, tirou de si quase toda água contida em seu corpo, por sentir medo. Alguns meses após a história de amor, a coragem lhe invadia a cabeça ao assistir filmes de romantismo e felicidade sem fim, mas se esquecia de que tudo não se passava de cenas gravadas que seriam cortadas caso houvesse um erro.
Por semanas se drogou de olhos aguados por falta dele, seus travesseiros não aguentavam mais serem lavados e sua cama não conseguia mais ser socada pela dor da moça pela noite.
Sentia-se frágil, nada que fizesse seria o suficiente para alimentá-la a ponto de substituir o grande vazio dentro de si.
Jorrava sangue de tua memória, que fazia de desculpa os dedos nos olhos.
Esfregava, esfregava até que quem se aproximou acredite que fora seus dedos quem causaram a vermelhidão em seus olhos!
Era jovem demais para sentir tais efeitos colaterais do amor, era jovem demais para sentir-se ludibriada a ponto de pensar em suicídio. Então encheu-se de coragem e fora atrás do rapaz, que lhe disse tais palavras:
- Temo ao procurar-lhe e tu se recusaste a me receber.
- Não a recusarei. Poderias vir quando quisesse.
- Quero saber como estás...
- (Um breve sorriso) Bem.. Casarei-me no próximo mês e a quero na cerimônia!
Achou-se perdida durante a conversa, sentiu-se pequena a ponto de se esconder em suas lágrimas e se camuflar em um sorriso relutante.
Foram horas de desespero escondidas naquela conversa, pensou por vários minutos alguma forma de sair dali sem obter êxito, então continuou ali naquela tarde pensando apenas na continuidade de sua vida.
Algumas horas depois, ainda naquele martírio, o rapaz insistiu para que ela dissesse algumas palavras pois estava apenas o ouvindo, e pediu para que contasse de algum grande amor que tivera ou que estivesse vivendo. A moça foi hesitante, mas logo se pôs à falar de seu grande amor.
Foram pobres palavras que fizeram o rapaz admirar aquela moça, mas como ele estava apaixonado pela noiva, não daria ouvidos caso ela dissesse que o tal rapaz seria ele.
Ainda naquele dia, na volta para casa, se distraiu com as tantas palavras do rapaz que fora pega por um caminhão numa curva acabando de vez com sua agonia.

Amor, palavra que se mostra pequena e indescritível, coisa que nos torna pequeno e totalmente perdido.

eu escrevo

2 comentários:

  1. muito bonito ^^
    gostei realmente do texto... pena o fim não ser feliz :(

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  2. As vezes não damos valor as coisas próximas de nós, achamos que por viver ali no quarto ao lado, o mesmo não se faz diferente, e é quando percebemos a tolice que nos consome, Claudinha, sou um merda por ter que admitir isso, e muito mais merda ainda, por não ter dado valor a esse seu dom antes... "Meus parabéns", não chega nem perto do que eu quero te dizer agora, mas espero que isso valha, eu te amo Ana Cláudia, e admiro muito esse seu dom!

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